Poemas do poeta piancoense José Nilton Leite












Homenagem a minha mãe

Esta jóia tão pura e rara
Para mim tem muito valor
Falo dela com muito amor
Por ter me trazido ao mundo
Que todo dia faz prece
E pede paz a Jesus
Que no caminho de seus filhos
Sempre brilhe uma luz.

Estrela de fonte própria
Que o seu brilho conduz
Espaço em seu coração
Foi o que nunca faltou
Sempre sobrou muito amor
No seu peito envelhecido
Com um lugar reservado
Para cada filho querido.

Nunca ouvir da sua boca
A frase estou cansada
Totalmente preparada
Para tudo que precisar
Principalmente na hora
De um dos filhos ajudar
Fazendo tudo muito perfeito
Sem presa e bem de vagar.

Ou minha mãe adorada
Do fundo do meu coração
Quero lhe pedir perdão
Pelos erros cometidos
Por mais queira evitar
Às vezes enfurecido
Já pude te magoar
Com meus gestos agressivos.

Hoje de pele enrugada
Com manchas avermelhada
Do sol forte que levou
Na pedra lavando roupa
Sem proteção feito louca
Dos seus filhos com amor
Pedindo coragem ao Divino
E paz a nosso Senhor.

Nunca reclamou de nada
Se o tempo era bom ou ruim
Mamãezinha tu és árvore
Mais linda do meu jardim
Que bota flores perfeitas
Muito mais que as de jasmim
Em quanto Deus te der vida
É o mesmo que dar a mim.

Autor: José Nilton Leite

Flores e Espinhos do Sertão

A Paraíba é um estado
De um recanto do sertão
Terra que foi muito rica…
Quando existia algodão.

Mais hoje vive na miséria
Graças ao mensalão
A classe mais sem futuro
Que já vi neste mundão.

Nunca vi rico ser preso
Porque roubou a nação
Mais já vi pobre na peia
Sem fiança e sem perdão.


Se acabando na cadeia
Por que roubou um tostão
A sela que prende o rico
Tem ar e televisão.


A sela que prende o pobre
Tem chibata, peia e chão
Rico preso é visitado
Pelo um bom advogado.


Em menos de duas horas
Está solto o desgraçado

Pobre preso só não mofa
Que a família tem cuidado.

José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB



Servidor de Serviços Gerais

Um mundo de tantas vidas
De trabalho e profissão
Onde todos têm razão
E o direito de escolher.

Uns trabalham que precisam
Para poder sobreviver
Todo trabalho é muitíssimo
Por Deus pai abençoado.

Analfabeto ou formado
Mais todos nós tem que ter
Uma boa profissão
Para de ninguém depender.

Falo do Servidor Público
Gente que é pouco lembrado
Com salários rebaixado
Que não dar para se manter.

E tem gente que não faz nada
E ganham mais do que vocês
De presidente a governo
Deputado e senador.

Falando dos mais pequenos
Prefeito e vereador
Olhem mais para este trabalho
E der valor ao servidor.

Que faz seu trabalho forçado
Bem feito e bem caprichado
Não se conhece um formado
Que dele não precisou.

Toda repartição pública
Precisa de um servidor
Que até pano no chão
Às vezes passa com amor.

É uma pessoa humildade
Que poucos lhe dão valor
Aqui vai o meu apelo
A todos os governantes.

Que abram os seus corações
E pensem em Deus um só instante
E saibam que o salário dos pobres
É coisa muito humilhante.

José Nilton Leite, o poeta de Piancó-PB.


Vinda de Jesus a Terra

Se Jesus descer do Céu
No dia do julgamento
De palito e gravata
Bem alinhando e descente
Vai ficar meio assustado
Com a multidão de gente.

Todos vão querer a ele
Estender a sua mão
E lhe pedi um perdão
Por tudo que fez de errado
Sem lembrar que no passado
Fez tudo de ruim no mundo.

Tem ladrão tem vagabundo
Treteiro e estuprador
Cabra que atrás de dinheiro
Em Jesus nunca pensou
Só na hora do arrocho
Lembra do pai criador.

Quem tem dinheiro e saúde
Não lembra de quem não tem
Só quer saber de quem tem
Ouro fortuna e fartura
Mais Deus só leva para o Céu
Quem tiver a alma pura.

E se Jesus vim a Terra
Um pouco meio diferente
Com uma roupa rasgada
Magro surjo e fedorento
Talvez seja apedrejado
Pelas mão de muita gente.


José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB


A Natureza ferida

Ventos sopram as águas frias
E joga a brisa sem roteiro
Neste mundo que acolheste
Muita gente em seus torrões
Dividido em regiões
E de ganancia por dinheiro.

Poucos verem o desmantelo
E o desfalque à natureza
Os homens atrás da riqueza
Exploram o solo divino
Sem saber que estar seguindo
Os rumos da perdição.

Enfraquecendo a nação
E fortalecendo ao poder
É muita pena saber
Que os homens de hoje em dia
Tem a mente suja e fria
E o mundo quer destruir.

Poucos vão para a igreja
E o pouco que vai não reza
Porque quem a Deus preserva
Não é preciso escolher
Qualquer lugar é sagrado
Para louvar e agradecer.

Deus fez o mundo perfeito
Bem feito e bem programado
E deixou nas mãos dos homens
Que é poucos que tem cuidado
E estão deixando o planeta
Totalmente defasado.

A nossa natureza sente
As dores das retiradas
Não sente assim como a gente
Mas sente as fortes pegadas
De mãos covardes e perversa
Mas não pode fazer nada.



José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB



Promessa aqui não tem pressa

Piancó é uma cidade
Por Jesus abençoada
Com uma idade muito longa
Mas toda vida atrasada
Que os políticos daqui
Por ela nunca fez nada.

Desde os tempos que meus pais
Ainda eram bebê
Que escutava o boato
Que eles iam trazer
Pra dentro de Piancó
Uma escola de UEPB.

Mais isso só acontece
Em época de eleição
Pra poder ganhar o voto
Do pequeno cidadão
Que política aqui é feita
Com mentira e traição.

A renda de Piancó
É de prefeitura e estado
E no inicio do mês
Dinheiro de aposentado
Que mal da pra sustentar
Seus netos desempregado.

Quando se vem uma verba
Pra construir ou comprar
Que a coisa é investigada
E não tem como desviar
Inventam licitação
Vem gente até do Japão
Pra os daqui não ganhar.

O que eu acho bacana
É no dia da eleição
Quem não é da região
Ir votar no seu lugar
E o povo da nossa terra
Mais quatro anos se ferra
Morre e não aprende a votar.


José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB


A revolta que causa um babão de prefeitura

Amigos peço licença
Pra minha história contar
Quem gostar mim dê apoio
Quem não gostar peço perdão
Mais vou dizer em verso
O mal que faz um babão.

Babão quando avista alguém
Perto do seu companheiro
Fica naquele pisado
Feito jumento em chiqueiro
Dando patada no vento
Pense num bicho coiceiro.

Babão não gosta de pobre
Nem de lizo e nem quebrado
Babão só gosta de rico
Ou de cabra estruturado
Com o saco bem cheinho
Que fique bem apalpado.

Babão só presta enterrado
Com dez palmos de fundura
Sua cova bem batida
E em cima uma estrutura
Que o pior babão do mundo
É babão de prefeitura.

A se eu tivesse o poder
Que tem Deus pai de Jesus
Fazia este mundo velho
Cozinhar feito um cuscuz
Pra de babão só restar
Vela, caixão, cova e cruz. 


José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB


Aqui é assim que é

Política, puta e poeira
Os três com “p” é escrito
Política dá pra malandro…
A puta soda pra o rico
Sobra poeira pra o pobre
Pegar resfriado e gripe.

Nós vemos neste Brasil
Desde que este mundo é mundo
Eleitor desinformado
Votando nestes imundos
A política evoluindo
A puta levando fumo.


E os pobres se lascando
Nas mãos desses vagabundos.


José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB



Direito e dever de cidadão

Vai aqui o meu alerta
Pra o povo da região
Lembre que hoje existe rádio
Internet e televisão.

Justamente para mostrar
Tudo que é errado e certo
Ninguém ver um manifesto
Do primeiro cidadão.

Que coberto de razão
Lute pelo seu direito
Tenha mais coragem e peito
Para enfrentar a verdade.

Piancó tá defasado
Sem salário e sem ação
Barriga de quem trabalha
Também precisa de pão.


Pagar o salário em dias
É mais que uma obrigação.

José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB


Vultos do Sertão 

O bom deste meu sertão
É acordar meia noite
É escutar o açoite
Do lindo som do trovão. 

A água escorrendo na telha
E no chão faz lençol de prata...
Relâmpago clareia as matas
E o verde do tabuleiro.


No galho de Juazeiro
Cinco horas da matina
Mostrando sua beleza
Canta um galo de campina.

Com o seu cantado fino
Feliz igual a um menino
Alegre porque choveu.


José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB


Agradecimento ao Tavinho

É para meu patrão Tavinho
Que mando o meu obrigado
Pro ele ter divulgado
Estes meus humildes versos.

Jesus vai te dar sucesso
Paz, amor e alegria
Porque quem em Deus confia
Seu rumo é sem embaraço.

Seu site já tem espaço
Em tudo quanto é Brasil
Noticia de Norte a Sul
E noticia de Sul a Norte.


De gente que leva azar
E de gente que leva sorte.


José Nilton Leite, poeta de Piancó-PB
 


Homenagem ao inesquecível Dr. Elzir Nogueira Matos

Esta imagem representa
Um homem muito honrado
Cidadão Advogado
Que em Piancó foi prefeito
Há muitos anos atrás
Mas tem lembranças de mais
Dos seus serviços prestados.

Com todas as dificuldades
Dos anos anteriores
Foi um dos melhores gestores
Da história de Piancó.

Na época que foi prefeito
Das turbinas de Coremas
Enfrentou dificuldades
E grandes problemas
Mas trouxe pra nós energia
Pensando em prosperidade
Conquistou o que queria.

Com tantos outros feitos
Aqui em nossa cidade
Quando ele foi prefeito
Investiu em infraestrutura
Além de gestor da cidade
E governar a prefeitura
Também foi por duas vezes
Secretário de Agricultura.

Trazendo pra nossa terra
Exposição e cultura
Com animais de primeira
E gado de raça pura.

Até nos anos de hoje
O seu nome é bem lembrado
Com esta festa de gado
Porque todo ano tem
Bem na frente da porteira
O seu nome está gravado.

Elzir Nogueira Matos
Igual a você não tem
Partiu foi morar com Deus
Muito distante e além
Lugar que todos nós vamos
De lá não volta ninguém.

Autores: 
Jose Nilton Leite Leite
Hosmá Passos da Silva Filho


Homenagem ao inesquecível poeta Inácio da Catingueira

Senhores paraibanos
peço licença a vocês
quero falar desta vez
de um nobre conterrâneo
místico de cor escura
não era de raça pura
mas filho de africana.

Sem ler e sem escrever
conseguiu surpreender
o povo paraibano
na feira livre de Patos
quando enfrentou Romano
que já era conhecido
profissional de carreira
um dos melhores poetas
do Sertão naqueles anos.

Escravo de um patrão
chamado Manoel Luiz
segundo a história diz
que era muito feliz
tinha toda liberdade
de sair pra declamar
cantar seus versos, rimar
coco de roda, embolada
onde chegava agradava
a toda a rapaziada.

Inácio da Catingueira
era seu nome fama
antes dos 33 anos
Jesus mudou os seus planos
para o Céu lhe chamou
partiu deixando saudade
só o pandeiro ficou
acabando a alegria
da terra que acolhia
este grande cantador.

Vítima de pneumonia
a causa da sua morte
na época não levou sorte
tinha um passado sofrido
e nos fogos de brocas
muita fumaça sugou
seus pulmões contaminou
fazendo calar a voz
de um grande cantador.

A Serra da Catingueira
sente até hoje sua falta
versos perfeitos em voz alta
que fizeste na ribeira
agradou em dias de feira
valorizando o seu chão
sua estátua feita a mão
bem no centro da cidade
provando que a sua imagem
tem valor no Sertão.

A sua terra natal
lhe acolheu por demais
na praça está enterrado
todos os seus restos mortais
hoje lá no seu com Jesus
seu espírito, sua luz
e na terra só as saudades
sua estátua, sua imagem
seus versos todos guardados
nas mentes e nos papeis
ô que saudades do rei!
das poesias de cordéis.

Autor: José Nilton Leite
Contato: 9301 – 0609
Rua Manoel Candeia
Bairro: Rua Nova
Cidade: Piancó-PB

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