Cultura Popular Nordestina: Na trilha do verso

 Poeta Odilon Nunes de Sá.
Poeta talentoso, Odilon Nunes de Sá foi uma das maiores expressões da poesia popular no Sertão das Espinharas. Nasceu a 8 de dezembro de 1900, no sítio Riacho do Cipó, zona rural do antigo município de Patos, hoje, parte integrante do território de Santa Terezinha, Estado da Paraíba. Foram seus pais Celso Nunes de Sá e Maria Nunes do Espírito Santo.
Órfão de pai, aos 13 anos de idade, juntamente com seus cinco irmãos menores, teve que trabalhar para garantir o sustento de sua família. Menino pobre, não teve muito acesso à escola. O próprio poeta, em notas autobiográficas, afirma: “como criança de poucas condições financeiras, tive que me contentar com o quarto ano primário, cujo grau escolar representava uma grande conquista”.

 Um exemplo da poesia do Odilon Nunes de Sá.
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“Acho graça a mocidade
Não querer envelhecer
Velho ninguém quer ficar
Moço ninguém quer morrer
Sem ser velho ninguém vive
Bom é ser velho e viver”.
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Poeta Inácio da Catingueira. 
Você sabe quem foi Inácio da Catingueira? Não?
Então “vamos lá”.
Não podemos, jamais, divergir dos conceitos na própria realidade, uma vez que eles se originam no aspecto real da dedução. É a história que mostra o lado negro, nunca contido na cor dos humanos, cuja tonalidade pouco importa, mas, acima de tudo, no preconceito que, unido à prepotência de uma minoria, envergonha todas as nações.
Imaginemos, pois, a enorme dificuldade que encontrou um escravo, para buscar liberdade através da manifestação cultural. É esta viagem que nos leva ao túnel do tempo para conhecer uma das histórias mais bonitas, formada de sofrimento e determinação, que superou praticamente todos obstáculos que um vivente pode enfrentar.
Sem sobrenome por ser filho de pai desconhecido, o maior fenômeno da cultura popular de Catingueira, nasceu aos 31 de julho, dia em que a igreja homenageia o Santo Inácio de Loiola, do ano de 1845. Sua Mãe, uma negra africana de nome Catarina, só foi batizada em 1902, pelo Bispo Dom Adauto, época em que já contava 118 anos de idade. Seu genitor, segundo alguns indicativos, era um homem branco, residente na região. 
Por esse motivo, há quem discorde das informações de que Inácio da Catingueira era puramente negro e sim mestiço, de cor escura mas de pele fina, cabelos corridos, conservando um pequeno cavanhaque e um bigodinho acanhado. 
Afirmam, que era simpático, de estatura satisfatória, olhos pretos e dispondo de uma voz forte e agradável. Seu instrumento era um pandeiro, que até hoje prevalece nas emboladas de coco, enfeitado com um laço de fita, guizos de prata de dois mil réis e tampo de couro cru, retinindo a cadência de seus versos quentes e empolgantes.

Um exemplo da poesia do poeta Inácio da Catingueira.
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Tenho pena de deixar
A Serra da Catingueira
A Fazenda Bela Vista
A maior dessa ribeira
O Riacho do Poção,
As quebradas do Teixeira.

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Fotos por Hosmá Passos.

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